1908 Brasileiros x Argentinos
“Sportmen e Sportwoman”
Termos usado na época para os praticantes e assistentes
1908 Brasileiros x Argentinos
Os admiradores do remo vão perceber que o futebol poderia não ser mais um modismo que os ameaçavam quando as duas principais cidade do Brasil (Rio de Janeiro e São Paulo) pararam para acompanhar as 6 partidas (3 em cada lugar) entre um selecionado argentino e os as seleções locais.
Em junho os argentinos receberam um convite da Liga Metropolitana para uma série de partidas no Brasil. Os preparativos para os jogos, a imensa multidão que acompanhou as partidas dentro e fora dos estádios chamou a atenção da imprensa. A repercussão da reação dos torcedores ganhou dimensões maiores com a exaltação de um sentimento nacionalista nunca visto antes na prática de qualquer esporte no país.
Para o historiador Leonardo Miranda, autor de Footballmania (2000), este período foi crucial para entender a transformação do futebol de esporte fidalgo e refinado em um esporte de massas gerando uma identificação com torcedores de diversas camadas sociais: “atraindo uma multidão nunca antes vista, esses jogos extrapolavam os limites dos habituais freqüentadores dos jogos da Liga, levando ao campo um público amplo e diversificado” (p.121).
Aquilo não era um fato isolado, pois enquanto o remo mantinha um grande público nas suas principais competições, a criação de novos clubes voltados para a sua prática quase não se via mais. Ao contrário de futebol que nos próximos anos tem por traço marcante a proliferação de clubes e praticantes nos mais diferentes pontos da cidade. O mesmo fenômeno acontecia em São Paulo, onde o futebol se desenvolveu mais rapidamente. Aliás, o início da rivalidade entre as duas cidades, foi um dos mais fortes fatores para impulsionar o futebol.
Completando 10 anos de existência, o Vasco comemorava a sua data na mesma ocasião que a cidade do Rio de Janeiro festejava os 100 anos da Abertura dos Portos e a chegada do Rei ao Brasil (1808-1908). Por coincidência, o clube vence a regata em homenagem Exposição Nacional com a yole Albion. O jornal A Imprensa faz uma reportagem sobre o clube celebrando este “novel centro de canoagem, um dos clubs de maior acervo e de gloriosas tradições para o Sport náutico. As suas valorosas guarnições tem sabido sustentar seus lauréis cada vez mais avigorados”.[1]
Fonte: Livro “100 anos da Torcida Vascaína”, escrito pelo historiador Jorge Medeiros.
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